Liberdade**
Não parece certo alguém
Que tem asas ser colocado
Dentro de uma caixa, sem ver
A luz do sol brilhar
Pra mim, não faz sentido alguém
Que tem asas não ter o céu
Inteiro para poder voar
Se tenho asas, eu sei que o céu é o meu lugar
Eu só queria voar, eu só queria voar
Eu só queria voar, eu só queria voar
Enfim, a liberdade me ouviu
E abriu aquela caixa onde eu estava
Tentei voar, mas minhas asas
Não funcionavam mais
(não funcionavam mais)
Eu passei tanto tempo ali
Tanto tempo que desaprendi
O que eu mais amava fazer
Que era voar com você
A liberdade me chamou de canto e disse assim
Não deixe nada te dizer quem você é
Você é o que vê em mim
Eu aprendi a voar, eu aprendi a voar
Eu aprendi a voar, eu aprendi a voar
Você me ensinou a voar, você me ensinou a voar
Eu aprendi a voar quando te vi em mim
Eu aprendi a voar, eu aprendi a voar (quando te vi em mim)
Quando te vi em mim, quando te vi em mim
A liberdade me chamou de canto e disse assim
Não deixe nada te dizer quem você é
Você é o que vê em mim
Música de Priscila Alcântara
Com essa letra, me vejo a ser mais empática, a me permitir ver o outro do jeitinho que ele é, e aceitá-lo e respeitá-lo por isso. TODOS merecem ser livres para alcançar seus voos escolhidos e sonhados, da maneira que quiserem e como quiserem. E ninguém tem o direito de podar suas asas.
Não podemos trazer para nosso dia a dia um passado recente, assustador e horroroso que nos levou a tirar de cena Sujeitos que queriam se expressar de uma forma singular.
18 de maio, Dia da Luta Antimanicomial. Em 2022, mais um ano de luta e resistência, mais um dia para ser comemorado, para se refletir, para trabalhar e conscientizar que “tratar não é trancar.”
* “Desmascarando a hipocrisia: loucura é verso, e liberdade, poesia” é o tema, deste ano, do ato público, em Belo Horizonte, do Dia Nacional da Luta Antimanicomial.
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** Música de Priscila Alcântara