A busca por uma perfeição da sociedade acaba adoecendo muitas pessoas que não foram preparadas para lidar com o não, com o imperfeito. Por conta de cobrança dos pais, cobrança de escolas, competições desnecessárias. Tudo isso culmina na construção de uma saúde mental fraca e frágil.
E o Big Brother Brasil só demonstra também como não está interessado em ajudar na proteção da saúde mental de seus participantes. O Tadeu Schmidt fez um ótimo trabalho acolhendo a Alane depois de sua saída, mas ele fez isso pois é uma pessoa humana e sabe do dever de acolher.
O programa, nos últimos anos, vem demonstrando não ter nenhuma importância com esse quesito. Tivemos participantes surtando na casa, sendo levados ao seu limite, saindo da casa com arrependimentos e tudo isso em prol da audiência de um reality.
Não me parece mais ser um jogo da vida real, me parece ser um jogo de um homem branco, rico que quer apenas brincar com a mentalidade de pessoas desesperadas por fama e dinheiro. Usando isso para criar personagens dentro de um enredo onde haverá um vilão e um mocinho, e nada mais importa.
Precisamos nos cobrar menos e também ser mais críticos com o que assistimos e acompanhamos. Tudo bem gostar do BBB, vocês sabem que acompanho o programa desde muito tempo, mas é necessário criticá-lo quando não faz mais sentido suas ações.
Este ano o programa demonstrou ser apenas mais um brinquedo para um cara mimado que quer fazer o que for preciso com os participantes para ser animar e animar o seu público.
Que tenhamos mais cuidado com as nossas cobranças internas!
Autora: Rô Vicentte (@bixanarua) – Artista e Comunicadora